quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Como começar a construir

A princípio, para se construir é necessário um terreno. Se você não possui um terreno, e deseja comprar um para construir, é bom se ater a estes ítens:

  • Custo
  • Localização e acesso
  • Comercialização de imóveis próximos, como se comporta o mercado de compra venda e aluguel
  • Condição do solo. Por meio de sondagem podemos conhecer a real condição do solo, e devemos tomar cuidado com isto pois caso o terreno não seja bom o gasto em fundações pode tornar o bom negócio um prejuízo
  • Nível da rua e do terreno: evitando-se problemas futuros com enchentes
  • Arborização e insolação. Determinadas árvores não podem ser retiradas. O IBAMA não permite, é crime! O certo é consultar os orgãos competentes. Imagine aquela piscina ou churrasqueira não poder ser construida? Decepção geral da família
  • Existência de feira no local. Nada contra, só não pode ser surpresa após o fechamento do negócio
  • Taxa de ocupação do terreno e zoneamento
  • Documentação do terreno. Certidão de Propriedade do Imóvel atualizada, certidões de ações dos distribuidores civis para os proprietários e cônjuges, assim como protestos, ações federais e execuções fiscais, IPTU, Certidão Negativa de Débitos Municipais e caso o proprietário seja pessoa física, requerer também o CND, Certidão Negativa de Débitos junto ao INSS. Estes documentos tem por finalidade mostrar a existência ou não de ações que podem colocar em risco a venda do imóvel
  • No caso de Imobiliária, caso haja alguma dúvida no tocante a idoneidade da mesma, o CRECI poderá dar maiores esclarecimentos

Muito bem, você já possui um imóvel. Próximo passo.

Projeto

Nesta etapa, o acompanhamento de um profissional, como um Arquiteto ou Engenheiro é muito importante.

O acampanhamento profissional não só na elaboração do projeto como também na fase de construção, pode evitar muita dor de cabeça além da redução de custo.

Inicialmente, a fase de anteprojeto, será quando você explicará para o Arquiteto, aquilo que deseja. É a hora de falar o que se tem em mente, mostrar seus rascunhos, seu gosto, seu estilo, sem esquecer da verba para investir. Em poder destas informações, o Arquiteto poderá apresentar um esboço para sua apreciação.

É bom não esquecer de levar em consideração insolação, fundação, telhado, possíveis ampliações (adegas, churrasqueira, etc), pontos de elétrica internos e externos, ilmuninação de jardins, alarme, sonorização, telefonia, aterramento, antena, padrão do acabamento e etc.

Ótimo, você está com o projeto. Próximo passo.

Planejamento

Todos os projetos estão em ordem, já foram executadas algumas alterações, está tudo certo, é hora de planejar.

Com o auxílio do Engenheiro ou Arquiteto de sua confiança, será efetuado o planejamento da obra. Deverá ser elaborado um cronograma físico/financeiro, que nada mais é do que uma planilha onde serão informadas a sequências de execução dos serviços, prazos e gastos referentes ao material assim como mão de obra.

Um planejamento de obra bem elaborado e bem executado evitará desperdícios, gastos extras além de garantir o cumprimento dos prazos.

Falta pouco, o planejamento está pronto. Próximo passo.

Legalização da Obra

A obra deverá ter um alvará de construção fornecido pela Prefeitura. Para dar entrada neste alvará é necessário IPTU do terreno, escritura de compra e venda e apresentação da planta.

O próximo registro a ser feito é junto ao INSS.

Por lei, todo proprietário de uma construção civil particular é obrigado a efetuar matrícula da Obra junto ao INSS, em até 30 dias a contar do início da mesma ( salvo construções familiares, menores que 70 metros quadrados, sem utilização de mão de obra assalariada e de uso familiar ).

A documentação necessária para esta matrícula é CIC ou RG do proprietário, IPTU, escritura de compra e venda e planta aprovada pela prefeitura. ]

Tudo regularizado. Próximo passo.

Contratação da Mão de Obra

O Engenheiro ou Arquiteto que acompanhar a sua obra, poderá ajudar na contratação de pessoal. A indicação de amigos que tenham construido ou outros profissionais da área da construção auxiliam muito o trabalho de escolha dos funcionários.

Pode-se optar também por um empreiteiro, o qual se incumbirá de contratar o pessoal, sendo inclusive responsável pelos mesmos. Visitar obra que o empreiteiro executou ou está em andamento é necessário para se conhecer o padrão de limpeza, qualidade, acabamento, prazo e desperdício de materiais, o que poderá evitar muita dor de cabeça no decorrer da obra.

É importante ainda atentar para os seguintes fatos:

  • não contratar o primeiro que aparecer. Você demorou um bom tempo para iniciar a obra e nada deve ser precipitado
  • assim como na compra de materiais, cotar a mão de obra. Peça orçamento de pelo menos três empreiteiros e negocie (prazo, valor e condição de pagamento, preferencialmente por tarefa executada)
  • nunca esquecer de elaborar um contrato por escrito. Neste deverá constar terefas, responsabilidades, prazos, multas e inclusive serviços extras
  • recolhimento de INSS dos funcionários, pois será necessário apresentá-los para o requerimento do "Habite-se"

Agora falta bem pouco para o início da obra. Próximo passo.

Compra de Materiais

Para a compra de material, é indispensável cotar.

Monte uma planilha contendo data, produto ou serviço, fornecedor, quantidade, preço unitário, preço total, prazo de entrega e condição de pagamento. Solicite do fornecedor a cotação por escrito.

Pelo menos quatro empresas são necessarias para se ter uma idéia das reais condições comerciais, e para que você realize o melhor negócio.

Com as condições acima em mãos, você estará apto para negociar e fazer a melhor opção. Não tenha vergonha de pechinchar! Pechincha faz parte do jogo, vale preço, prazo de entrega e condição de pagamento.

Na compra, alguns cuidados devem ser tomados:

  • O frete por vezes não está incluso. Sempre averiguar;
  • Preço pode não ser tudo. A relação custo X benefício deve ser bem analizada ainda na fase de definição do acabamento. Um produto barato mas que dura pouco e deve ser trocado em pouco tempo, acaba ficando muito caro;
  • Conferir a entrega do material, se é aquele comprado e na mesma quantidade. Certos produtos como por exemplo cimento tem validade, sempre verificar se o produto se encontra dentro do prazo estipulado pelo fabricante

Você já tem um terreno, já contratou pessoal, esta comprando os materiais e contratando os serviços complementares.

A partir deste momento sua obra está em andamento. Você é o fiscal de sua abra. Cabe a você acompanhar o desenvolvimento, padrão de qualidade, prazo, custo e acompanhar o planejamento da obra, para que nada fuja do previsto.

Sua obra será um sucesso!

Fonte: http://www.jornaldoimovel/

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

FGTS poderá quitar consórcio

O Congresso Nacional aprovou o uso do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o pagamento de parcelas e a quitação de consórcios de imóveis residenciais. A nova possibilidade, que ainda aguarda a sanção do presidente Lula para ser efetivada, consta de uma das várias emendas aprovadas pelos parlamentares na Medida Provisória 462/09, que destina recursos emergenciais para o Fundo de Participação dos Municípios.
Atualmente, o fundo pode ser usado apenas para dar lances no consórcio, diferentemente do que ocorre em financiamentos tradicionais, nos quais o FGTS pode ser usado como entrada ou para a quitação do financiamento. A nova lei pode beneficiar imediatamente dois de cada cinco cotistas de consórcio imobiliário, segundo estimativa da administradora paranaense Ademilar.
“A partir do momento em que esses recursos puderem ser usados para quitar o consórcio, uma boa parcela de consumidores aplicará esse dinheiro antecipadamente no investimento imobiliário e terá mais renda para outros fins”, diz Tatiana Reichmann, diretora da Ademilar. Além da quitação propriamente dita, um dos benefícios na nova lei seria o abatimento do valor total do consórcio, diluindo assim o valor das parcelas pagas mensalmente.

A flexibilização do uso do FGTS é uma antiga demanda do setor, e chegou a constar da Lei do Consórcio, em vigor desde fevereiro. Na época, contudo, o uso do fundo foi suprimido no texto final da lei – o presidente Lula argumentou que a liberação do FGTS elevaria o volume de saques e reduziria recursos para financiamento da casa própria. Em todo o país, 531 mil pessoas participam de consórcios na modalidade imobiliária, segundo a Associação Brasileira de Administradores de Consórcios (Abac).

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Pesquisa revela mudança no perfil do corretor de imóveis e no mercado

SÃO PAULO - Com mais mulheres atuando na corretagem de imóveis e o nível de escolaridade cada vez mais alto, o perfil do profissional da área mudou significativamente, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Cofeci (Conselho Federal de Corretores de Imóveis).
A mudança marca um novo momento para o mercado imobiliário, com a tendência ativa de relacionamento com os clientes.
Sobre a profissão
A profissão foi criada em 1962, com o reconhecimento do Congresso Nacional, que a regulamentou por intermédio da Lei nº 4.116/62. A partir daí, o diploma passou a ser exigido no mercado de trabalho.
Mais tarde, surgiram os cursos de nível superior nas áreas das Ciências e Gestão de Negócios Imobiliários. Além disso, o Cofeci passou a admitir a inscrição de formandos que se diplomarem nessa graduação nos CRECIs (Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis).
Conhecimento
Os profissionais que atuam nessa área ainda costumam ser formados em Publicidade, Marketing e Engenharia, possuem domínio de ao menos uma língua estrangeira e total conhecimento das redes sociais. A profissão tem mudado de forma contínua. Por exemplo, a internet tornou-se ferramenta fundamental nesse setor.
"Uma importante parte das vendas concretizadas inicia-se por intermédio da internet", explica Alexandre Melaão, sócio-diretor da Five, empresa que atua com planejamento imobiliário. "Por esse contato virtual, o cliente esclarece suas dúvidas com o corretor e conhece as dependências do imóvel que é oferecido. Somente na hora de concretizar o negócio é que acontece a visita ao local".
Ainda segundo ele, a prospecção pela internet alcança os clientes certos, com interesse justamente naquele padrão do imóvel à venda.
A internet é uma vantagem no que se refere ao tempo, uma vez que as pessoas têm cada vez menos tempo para visitar as propriedades e avaliá-las. Nesse caso, as redes sociais possibilitam o contato direto com o cliente, além de oferecer um canal eficiente de informações. Porém, é importante que o profissional tenha informações precisas sobre o produto que coloca no mercado. Estar atento às novas tendências do mercado também é fundamental, pois isso pode trazer grandes oportunidades de negócios para o mercado.
Fonte: InfoMoney - por Karin Sato - 02/10/09

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Prepare o bolso antes de se mudar

Depois de dois anos ou mais de espera, o sonhado apartamento comprado na planta finalmente fica pronto. Mas antes que seja feita a mudança e toda a família possa aproveitar o novo lar, o proprietário deve preparar-se porque haverá ainda muito a ser feito.
Não há como fugir de certos trâmites. Alguns envolvem gastos altos, como o pagamento do Imposto de Transferência de Bens Intervivos (ITBI), que deve ser feito à vista. A taxa custa em torno de 2% do valor do imóvel. Para um apartamento de R$ 400 mil, o valor a ser pago é de R$ 8 mil, segundo exemplifica o advogado especializado em direito imobiliário e diretor da Associação Brasileira dos Advogados do Mercado Imobiliário (Abami), Hamilton Quirino.
Mas o stress mais comum ocorre nos casos em que a compra é financiada diretamente com a construtora e o proprietário opta por transferir o empréstimo para um banco. No ato da entrega das chaves, o proprietário deve quitar o saldo devedor ou apresentar uma carta de crédito aprovada.
“É aí que ocorre o problema, porque às vezes a pessoa deu entrada no processo, mas, por causa de uma série de exigências, o prazo de pagamento vence e ela tem de pagar juros e multas”.
As multas são salgadas: “Tem contrato que prevê 10% de multa. Se estivermos falando de um saldo devedor de R$ 200 mil, a multa seria de R$ 20 mil”. E ainda há os juros proporcionais aos dias de atraso que aumentam a conta. “Às vezes, o imóvel fica pronto, a pessoa não recebe as chaves e ainda começa a receber cobrança de condomínio”.
Para evitar que isso ocorra e a transição seja feita de forma tranqüila, há duas opções. Uma delas é financiar o restante da dívida com a própria construtora. “Às vezes, é melhor pagar 1% a mais de juros e evitar o transtorno”, diz o advogado. Porém, o prazo máximo de pagamento oferecido nesta modalidade é de cinco anos e as prestações ficam mais pesadas.
Quem necessita de um prazo maior para pagar deve optar mesmo pelo financiamento bancário que oferece prazo de até 30 anos. Neste caso, o melhor a fazer é antecipar o processo.
Segundo Quirino, o proprietário deve dar entrada no financiamento bancário no mínimo seis meses antes da entrega das chaves. “Com esse prazo dá tempo de regularizar protestos e pendências que podem emperrar o processo”, explica.
VISTORIA
Além das questões financeiras, o proprietário deve estar atento também aos aspectos estruturais da construção. Por isso, antes da entrega das chaves, é necessário fazer uma vistoria no imóvel.
É neste momento que se deve observar se há problemas construtivos. Alguns são perceptíveis, como rachaduras, infiltrações. Outros, são mais complicados de avaliar, como instalações mal feitas. Para se garantir, há quem chame especialistas para acompanhar a vistoria.
É importante checar se todas as tubulações de água funcionam adequadamente e se os pontos de luz e energia elétrica estão ligados. Caso seja identificado algum problema, o proprietário deve recusar as chaves e exigir o reparo. “Se você recebe um apartamento, depois chega no dia seguinte e as portas estão empenadas, água não está abrindo, o transtorno é maior”.
Ainda durante a vistoria, o dono deve ter em mãos o memorial descritivo, ou o memorial de materiais. No documento constam todos os itens de construção previstos em contrato que deverão ser aplicados na obra - desde cerâmicas, esquadrias, portas, até pisos e azulejos.
Se algo estiver em desacordo com o contratado, também é recomendável que o proprietário não aceite as chaves até que o problema seja corrigido.

Fonte:O Estado de São Paulo

sábado, 10 de outubro de 2009

Baixa renda poderá financiar até 95% do valor do imóvel

SÃO PAULO - Tramita no Senado Federal o Projeto de Lei 652/07, que prevê às famílias de baixa renda, com ganhos de até quatro salários mínimos, financiar 95% do valor de avaliação do imóvel a ser adquirido.
De autoria do senador Marconi Perillo (PSDB-GO), com emendas do relator Efraim Morais (DEM-PB), a proposta também permite que os imóveis sejam financiados por agentes públicos e privados do SFH (Sistema financeiro de Habitação) e por meio do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
"Ao longo dos anos, o SFH não teve a capacidade de atender às demandas habitacionais da população, sobretudo a mais carente de recursos e acesso ao crédito", disse o senador Perillo na justificação do seu projeto, conforme publicado pela Agência Senado.
Tramitação
Atualmente, o montante a ser financiado pode chegar a 40% do valor de avaliação da propriedade, o que, na opinião do autor do projeto, gera dificuldades às famílias de baixa renda, que, ao mesmo tempo, têm que arcar com o aluguel e as economias necessárias para fazer frente à parcela não financiável do imóvel.
Na última terça-feira (6), o projeto foi aprovado pela CAS (Comissão de Assuntos Sociais) e agora será examinado em decisão terminativa pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos).
Fonte: InfoMoney - por Gladys Ferraz Magalhães - 07/10/09

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

27 de Agosto: Dia do Corretor de Imóveis

A profissão surgiu no século XX, mas em 1821 os anúncios de jornais comprovam a comercialização de imóveis, junto com a introdução da imprensa no país. O Sentinela e O Tamoio, no Rio de Janeiro, foram os primeiros jornais publicados no Brasil, e neles já havia os anúncios de imóveis.

O jornal Diário do Rio de Janeiro, o periódico mais antigo nos arquivos da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, publicado no dia 2 de junho de 1821, já continha um anúncio imobiliário. Na edição seguinte (4/6/1821) constata-se a presença de um intermediário, Venâncio José Lisboa, que havia recebido “poderes” do dono do imóvel para vendê-lo.

No início do século XX surge a pequena burguesia brasileira, ligada ao funcionalismo público e às atividades especulativas financeiras e, com ela, o desenvolvimento das cidades, que torna constante a comercialização de imóveis, por intermédio dos anúncios em jornal, passando a existir como forma de vida, como profissão. O Corretor de Imóveis nessa época era conhecido como agente imobiliário. Como não existiam cursos de formação relativos à área, a prática acabou formando os primeiros profissionais, que passaram a viver exclusivamente da intermediação imobiliária.

Hoje, a participação do corretor de imóveis é fundamental na averiguação dos aspectos legais envolvidos na transação, como a aprovação da planta pela Prefeitura, a inexistência de planos de desapropriação, a regularização do titular do imóvel, etc. A parte contratual também exige grande atenção: é importante certificar-se sobre a qualificação completa do proprietário, a descrição detalhada do imóvel e a declaração da inexistência de débitos, entre outros.
São eles, grandes responsáveis pela organização das cidades e sociedades e, a todos desejamos os parabéns!

Fonte: Revista Vericia

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Cresce importância da internet na venda de imóveis

Tecnisa informa que 27% das vendas no ano passado foram iniciadas pela rede de computadores. Na MRV, o percentual é de 20%.

A internet vem ganhando importância nas vendas de imóveis. Além de informações sobre as próprias empresas, está cada vez mais comum que os sites das incorporadoras e imobiliárias ofereçam serviços de corretores online que ajudam a esclarecer dúvidas de potenciais consumidores e, muitas vezes, agendam visitas aos plantões de vendas ou imóveis prontos. Embora os consumidores, na imensa maioria dos casos, não comprem a casa própria pela internet, o uso da rede para comparar os imóveis oferecidos por diferentes empresas, para buscar informações sobre as incorporadoras e imobiliárias tem sido recorrente. As companhias têm utilizado também redes sociais como Orkut para direcionar internautas para seus sites. Segundo representantes do setor imobiliário, a tendência é de um aumento das vendas de imóveis iniciada pela internet.

No ano passado, a Tecnisa registrou venda de 508 imóveis originadas pela internet em São Paulo, o correspondente a 27% do total comercializado no estado no período. As vendas da empresa iniciadas na internet aumentaram 43% em 2008, comparando-se com 2007. A companhia tem apostado nas chamadas redes sociais para direcionar visitas ao seu site. No primeiro semestre deste ano, 15% das visitas ao site da Tecnisa partiram do blog da empresa, de mensagens no Twitter e de conteúdos postados, por exemplo, no Orkut e Facebook. Os clientes que buscam informações online são atendidos por corretores por meio de chat, e-mail, videoconferência ou ainda pelo telefone. A Tecnisa espera que o formato de videoconferência responda por 10% do atendimento online no fim deste ano.

As vendas originadas pela internet respondem por 20% dos negócios da MRV Engenharia, e a expectativa é que esse porcentual aumente, conforme o gestor executivo de Marketing da companhia, Rodrigo Resende. A empresa deu início ao sistema de venda online em 1996, focando brasileiros que viviam no exterior e estavam interessados em comprar um imóvel no País. Nos últimos cinco anos, o foco das atenções das vendas da MRV pela internet passou a ser o consumidor que vive no Brasil. Atualmente, a MRV possui 140 corretores online, que acompanham os potenciais compradores nas visitas físicas ao imóvel ou, se necessário, direcionam os clientes para profissionais da empresa baseados em outras regiões. Segundo o executivo da MRV, mais de 70% dos clientes visitam o site para buscar informações sobre os produtos oferecidos. Assim como a Tecnisa, a MRV faz uso de redes sociais para atrair potenciais compradores para seu site.

Acesso é feito no horário comercial

A classe C responde pela maior fatia das 2.000 pessoas que a MRV atende online por dia, de acordo com Resende. O diretor de lançamentos e de marketing do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), Fabio Rossi, destaca que parte de quem busca imóveis pela internet não tem acesso em casa à rede mundial de computadores. No caso da Itaplan, imobiliária da qual Rossi é diretor de marketing, o site é mais acessado por potenciais compradores de imóveis entre 7h e 8h30, no horário de almoço e no final do expediente. Cerca de 38% das vendas da Itaplan são iniciadas pela internet.

Segundo a diretora de Marketing da Tenda, Dirce Amaral, 80% dos acessos ao site da companhia são feitos pelos potenciais consumidores durante o dia no trabalho. Parte das pré-vendas da Tenda é feita no site da empresa. Até abril, os corretores tradicionais também atendiam a demandas dos clientes pela internet, mas, desde então, passaram a oferecer atendimento online exclusivo. A oferta do serviço começou pelo Rio de Janeiro e é hoje nacional, com foco nos mercados fluminense, de São Paulo e de Porto Alegre. A empresa conta com 24 pontos de atendimento, sendo dez deles somente para o Rio. Os consumidores podem conversar com atendentes pelo chat, fazer agendamento para tirar dúvida pelo telefone ou marcar horário para serem recebidos em uma loja da Tenda.

No caso da Gafisa, os negócios iniciados na internet respondem por 25% do volume comercializado pela Gafisa Vendas, braço de vendas da companhia. A grande maioria dos consumidores apenas dá início ao processo de compra pela internet, mas há, por exemplo, investidores que vivem no exterior e já conhecem a companhia que concluem o processo de decisão pela rede, segundo o diretor de vendas e marketing da Gafisa, Luiz Carlos Siciliano. Conforme o executivo, praticamente toda a comercialização dos imóveis da companhia passa de alguma forma pelo site de vendas da Gafisa ou da imobiliária que está responsável pela negociação do empreendimento.

Fonte: AE Empresas e Setores - Agência Estado, por Chiara Quintão

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Salão do Imóvel e Construifair/SC oportunizam construção civil

A 16ª edição do Salão do Imóvel e Construfair/SC irá intensificar o setor da construção civil e do mercado imobiliário. Entre os dias 18 a 23 de agosto o Centrosul, em Florianópolis, irá receber empresários e visitantes interessados em negociar. Diversas empresas josefenses já confirmaram presença no evento e reservaram seu estande. Entre algumas delas estão AM Construções, Construtora Kremer e Grupo Feltrin. O 16º Salão do Imóvel e Construfair/SC irá comercializar loteamentos, apartamentos e casas novos e usados, apresentar produtos e serviços, atrair o consumidor em geral com interesse em reformar, construir e adquirir móveis e imóveis ou produtos e serviços do segmento. Palestras e cursos sobre o assunto serão ministrados durante o evento.

Financiamentos

A Caixa Econômica Federal irá oferecer em seu espaço facilidades do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’. Durante o primeiro semestre de 2009 o crédito imobiliário da Caixa apresentou crescimento de 75%. No período foram concedidos R$ 17,5 bilhões em 351 mil empréstimos. Mais informações do evento através do site www.construfairsc.com.br.

Fonte: Sinduscon/Florianópolis

domingo, 9 de agosto de 2009

Isenção de IR para compra de novo imóvel poderá aumentar para um ano

SÃO PAULO - A isenção de Imposto de Renda para quem vende um imóvel residencial para comprar outro poderá aumentar de 180 dias para um ano. A decisão foi aprovada na última quarta-feira (05) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania que aprovou o parecer favorável do senador Almeida Lima (PMDB-SE) ao projeto 153/02, definindo a alteração.

De acordo com a Agência Senado, como a matéria trata de questão tributária, a proposta ainda será examinada, em decisão terminativa, pela Comissão de Assuntos Econômicos.

Mudanças na lei
Para o senador Papaléo Paes (PSDB-AP), autor do projeto, é necessário realizar ajustes no prazo determinado atualmente. "Ocorre que o prazo fixado para que o contribuinte goze dessa isenção é de apenas seis meses entre a alienação de um e a compra de outro imóvel. Na maior parte dos casos, o prazo é razoável. Entretanto, em muitos outros casos, esse prazo não se ajusta à realidade", considera.

Ele também lembra que os negócios imobiliários são complexos, em especial quando o bem tem um alto valor monetário, o que acaba por tornar a negociação comercial mais lenta.

Já o relator Almeida Lima ressaltou que a medida não acarretaria em perda de arrecadação fiscal, uma vez que não há concessão de nova isenção, mas apenas facilitação do benefício já existente.
Fonte: InfoMoney por Roberta de Matos Vilas Boas - 06/08/2009

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Imóvel na planta: bom e barato, tome cuidado

Bom e barato é uma equação perfeita na teoria, mas costuma dar problemas. No caso da aquisição de um imóvel ainda na fase de construção, a alternativa pode ser interessante, mas é necessário que o comprador tome alguns cuidados para evitar transtornos.

O administrador de empresas Ricardo Castilho foi um dos consumidores que escolheu um apartamento planejado em um feirão por causa da credibilidade da construtora e localização do imóvel, mas teve problemas depois da compra. 'Após cinco dias do fechamento do contrato, o corretor informou que o preço do imóvel havia aumentado. Fiquei indignado, pois deixei de fechar negócio com outras empresas na ocasião', conta.

De acordo com Renata Reis, técnica do Procon-SP, o primeiro passo para garantir uma compra segura é conhecer quem está por trás da oferta por meio de uma pesquisa criteriosa.

'Visitar outros empreendimentos que já foram entregues pela empresa e verificar com os moradores e síndicos dos prédios se houve problemas no processo de construção, é uma forma de saber em que terreno o consumidor está pisando', afirma Renata.

Saiba se os profissionais que vão assinar a obra estão inscritos no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) - peça o número de inscrição deles e verifique a autenticidade pelo site www.creasp.org.br - e se o projeto de incorporação está aprovado pela prefeitura e registrado no Cartório de Registro de Imóveis.

Em seguida, segundo Renata, é importante ler atentamente o contrato, anotar todas as dúvidas que venham a surgir e verificar se o que o corretor informou no stand da compra consta no documento.

sábado, 25 de julho de 2009

Corretor de Imóveis: A importância do Corretor de Imóveis

A grande maioria das transações imobiliárias são concluídas através de empresas imobiliárias e/ou escritórios de um Corretor de Imóveis. Compete ao corretor de imóveis, exercer a intermediação na transação imobiliária, conforme consta na legislação que regulamentou a profissão (Lei 6.530/78 e Decreto 81.871/78).
Todas as empresas legalizadas têm o certificado de inscrição emitido pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis- CRECI. O Corretor de Imóveis tem uma identidade e uma carteira profissional. Todos esses documentos são emitidos pelo órgão ao verdadeiro profissional. Confira essa inscrição e, em casos de dúvidas, basta telefonar para o CRECI . Uma maneira fácil de verificar se você está tratando com profissionais legalizados, é através das publicidades, vez que todos eles são obrigados a colocar o número de CRECI em toda e qualquer publicidade ou impresso.
O Corretor de Imóveis tem a obrigação de assessorar as partes em toda a transação imobiliária, nunca omitindo dados que possam prejudicá-lo. Se houver problemas com o profissional ou com a empresa, você pode denunciá-lo junto ao CRECI. Lembre-se que: Comprando através de inabilitados, corre-se o risco de se ter problemas com documentação e mesmo prejuízos financeiros, por falta de capacitação profissional ou mesmo má fé. Se a aquisição for feita com aventureiro, você não terá onde reclamar depois, pois se não é Corretor de Imóveis é um Contraventor Penal.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Locação: com poucas unidades, imóveis pequenos são opção de investimento

SÃO PAULO - Nos últimos anos, as construtoras se voltaram para empreendimentos de padrão mais alto, mercado que foi bastante abastecido. Porém, este cenário deve mudar. "O futuro é dos imóveis menores, que é o que está faltando no mercado", afirmou a gerente-geral da Lello, Roseli Hernandes.De acordo com ela, é pela falta de imóveis de um e dois dormitórios para locação que este mercado está bastante atrativo para investidores.Considerando o estado da propriedade, a localização e outros fatores de oferta e procura, o retorno do investimento feito pelo proprietário pode ser mais atrativo do que o de outras aplicações financeiras."Além da renda com o aluguel, o dinheiro aplicado é valorizado com os anos, pois em geral as propriedades ganham valor ao decorrer do tempo, especialmente nos centros das cidades", disse o gerente-geral de Aluguéis da Auxiliadora Predial, Alexandre Arruda.

Locação
De acordo com o presidente do Secovi-RS ( Sindicato da Habitação do Rio Grande do Sul), Moacir Schukster, o mercado imobiliário está propício ao investidor, com aumento da demanda para locação, a exemplo do que acontece em Porto Alegre.Ele afirmou que os imóveis mais requisitados são os de dois e três dormitórios. "A velocidade de locação, que há quatro anos oscilava em torno de seis meses para a negociação do imóvel, hoje varia de 3 a 4 meses em Porto Alegre", disse Schukster. Para quem for participar deste negócio, saiba que, quanto melhor for a condição da propriedade, mais rápida será a negociação. Benfeitorias na pintura, nos móveis do banheiro e da cozinha, nas esquadrias, no piso, na hidráulica e elétrica chegam a agregar 20% ao valor do aluguel.

Fonte: Infomoney - por Flávia Furlan Nunes - 16/07/2009

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Contrato de gaveta: evite os riscos na hora de vender e comprar um imóvel

SÃO PAULO - Evitar burocracias e mudança imediata podem ser grandes atrativos para quem adquire um imóvel por meio de "contrato de gaveta". No entanto, é bom ficar atento, porque o que parece ser um bom negócio pode acabar causando transtornos.
"Contrato de gaveta" é aquele firmado entre o atual e o novo proprietário, sem a participação da financiadora ou de registro judicial.
Na prática, o atual proprietário passa o financiamento para o novo proprietário do imóvel, sem alterar os dados na financiadora. Com isso, o novo proprietário quita o financiamento, que ainda está no nome do antigo proprietário, para só depois ter o imóvel registrado em seu nome.
Riscos para quem vende e para quem compra
As vantagens do processo é que, a princípio, quem repassa o imóvel se desfaz da dívida e quem o adquire acaba pagando um pouco menos por ele. No entanto, o "contrato de gaveta" pode trazer mais riscos do que vantagens, para os dois lados, de acordo com a Cadmesp (Consultoria de Financiamentos Imobiliários).
Para quem vende, há o risco de o novo comprador não pagar as parcelas do financiamento. Como o débito ainda está em seu nome, é preciso cuidado. Além disso, o novo comprador pode repassar o imóvel, deixando o antigo sem a casa e com a dívida.
Já quem adquire imóveis dessa forma pode correr ainda mais riscos. Isso porque, segundo a Consultoria, há possibilidade de o vendedor agir de má-fé e vender novamente o imóvel. Além disso, é possível que o antigo proprietário "suma" quando você quitar o imóvel. Com isso, sem a assinatura dele, você fica impedido de ter a posse legal do imóvel.
Além disso, caso o antigo proprietário tenha problemas com a justiça e o imóvel seja penhorado, o novo dono fica sem o bem, já que perante a justiça o imóvel continua sendo do antigo mutuário.
Outros problemas podem ocorrer, ainda que o vendedor não haja de má-fé. Um exemplo é com relação ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que não poderá ser utilizado para quitar o financiamento, pois não há registro do repasse da dívida.
As correções anuais das parcelas do financiamento podem se revelar outro problema, pois elas são calculadas de acordo com o aumento salarial. Caso a categoria profissional do proprietário original registre aumentos maiores do que os da categoria do comprador, as prestações vão subir além da capacidade de pagamento do novo proprietário. Outro problema é a morte do atual mutuário.
Fonte: Equipe InfoMoney - 14/07/2009

domingo, 19 de julho de 2009

Curso Avaliação de Imóveis - Sindimóveis/SC

Uma nova turma de corretores de imóveis, composta ainda por estudantes e profissionais de outras áreas, concluiu o curso de Avaliação de Imóveis oferecido pelo Sindimóveis-SC, através da Universidade Corporativa do Corretor de Imóveis (Unisindimóveis). Esta é a segunda turma de 2009 e a sexta turma que participa do curso oferecido para os profissionais no município de Florianópolis. As aulas foram realizados entre os dias 3 e 5 de julho de 2009.
Agora, as inscrições estão abertas para a terceira turma deste ano do curso de Avaliação de Imóveis. As aulas serão no dias 7, 8 e 9 de agosto. As aulas serão no auditório do Sindicato, em sua Sede Administrativa, no centro da Capital. As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas diretamente na sede do Sindimóveis-SC ou via fax.
Carga-horária - O curso tem 24 horas-aula e capacita profissionais para a realização de avaliações imobiliárias. Entre os assuntos que serão abordados estão: Histórico das avaliações no Brasil; Legislação e Normas Avaliatórias; Avaliação Técnica; Objetivo do Parecer Técnico Avaliatório de Mercado; Homogeneização e Tratamento Matemático de Dados; Avaliação de Imóveis Urbanos; Avaliação de Imóveis Rurais; Elaboração e Modelos de Pareceres Técnicos Avaliatórios de Mercado; e Honorário sobre Avaliações de Imóveis.
Investimento - A taxa de inscrição é de R$ 50,00 para corretores associados do Sindicato e estudantes; e de R$ 80,00 não associados. O valor do curso é R$ 350,00 para associados do Sindicato; R$ 450,00 para estudantes do curso de Gestão Imobiliária/TTI e R$ 550,00 para não associados do Sindimóveis-SC.
Informações pelo telefone 0800 600 3580.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Contrate um corretor e garanta uma compra segura

Quem está vendendo um imóvel geralmente firma um contrato com um corretor de imóveis ou com uma imobiliária para oferecê-lo com maior segurança no mercado. Mas poucas pessoas que procuram um imóvel para comprar sabem da importância de firmar um contrato de prestação de serviços com um bom corretor de imóveis para garantir uma compra segura e que não cause problemas no futuro. A tendência é que essa se torne uma prática comum no mercado, já que o consumidor está cada vez mais exigente em relação à capacitação dos corretores.
A compra e venda de imóveis intermediada por um corretor ou por uma imobiliária é uma relação de consumo, por isso é regulada pelo Código de Defesa do Consumidor e pelo Código Civil. Para aumentar a segurança da transação, o consumidor deve assinar um contrato de prestação de serviços com o corretor autônomo ou imobiliária, especificando no texto as características do imóvel que procura e as condições de atendimento. Isso evita que o corretor ofereça algo diferente do que o cliente deseja.
A maioria dos consumidores, porém, desconhece a possibilidade de fazer esse documento. Para o presidente do Sindicato de Corretores de Imóveis em Goiás (Sindimóveis), Antônio Rosa de Mesquita, a assinatura de contrato para fornecimento de consultoria na compra de um imóvel, apesar de pouco usada no mercado, é um instrumento que pode proporcionar maior segurança ao comprador. Ele lembra que o contrato faz o corretor direcionar melhor a procura do imóvel, de acordo com as especificações do documento.
Exclusividade
Hoje, corretores e imobiliárias precisam ter um contrato de exclusividade para negociar o imóvel de um determinado proprietário. Sem esse documento, eles não podem nem anunciar o imóvel no mercado em nome do proprietário. Mas o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis em Goiás (Creci-GO), Oscar Hugo Monteiro Guimarães, lembra que o contrato de prestação de serviço com o cliente ainda é feito apenas de forma verbal. São poucos os que exigem tudo por escrito, afirma.
O corretor costuma oferecer a possibilidade de firmar um contrato com o comprador somente quando o negócio é de grandes proporções para não perder tempo procurando um imóvel sem retorno depois. Mas, como esta é uma forma de proteção para ambas as partes, pois determina as características do imóvel procurado e até o prazo para o corretor encontrá-lo, Oscar Hugo aposta na tendência de aumento da conscientização para a importância do documento.
O corretor Saul Pereira da Costa, há 30 anos no mercado, lembra que a assinatura do contrato de autorização de venda entre o proprietário do imóvel e o corretor ou imobiliária é uma exigência para que tenha exclusividade sobre a venda do imóvel. Ele explica que também é comum a assinatura de um pré-contrato com o cliente quando o corretor encontra um imóvel que atenda às exigências do comprador. Em caso de desistência, o corretor garante o recebimento de honorários. Mas o contrato de prestação de serviço entre corretor e comprador ainda é uma prática comum somente quando o cliente é uma empresa. São raros os casos de pessoas físicas que exigem esse contrato, destaca.

Procure um profissional capacitado
O corretor de imóveis, hoje, já é visto como um consultor imobiliário, com direitos e deveres perante a lei. Mas, para assegurar a qualidade do serviço prestado, é importante que o consumidor procure um corretor devidamente credenciado no mercado. Para se informar sobre a situação de um corretor, o comprador pode acessar o site do Creci, onde é possível obter uma certidão com os registros do profissional.
Se a certidão não sair, é porque existe algum problema com o corretor, alerta o presidente do Sindimóveis, Antônio Rosa de Mesquita. Atualmente, existem cerca de 11 mil profissionais com registro no órgão, mas apenas 4,5 mil habilitados a trabalhar no mercado. Ele lembra que o bom profissional é aquele que, por exemplo, busca os registros do imóvel para conferir se ele tem algum tipo de embaraço.
Para o presidente do Creci-Goiás, Oscar Hugo Monteiro Guimarães, o bom corretor precisa estar antenado com o que acontece no mercado. Além disso, é preciso ter um bom preparo, através de um curso técnico ou superior, que já existe em várias instituições de ensino do Estado. Hoje, o mercado oferece vários cursos de pós-graduação ou especialização e, em breve, será lançado um Mestrado em Desenvolvimento Regional, ligado à área imobiliária, na Faculdade Alves Faria (Alfa). A tendência é que o mercado tenha profissionais cada vez mais capacitados, com mais conhecimento. Queremos ter verdadeiros cientistas do mercado imobiliário, afirma Oscar Hugo.
Para o corretor Saul Pereira, esse profissional precisa ter um bom conhecimento do mercado e transmitir segurança na avaliação do imóvel. Para isso, já há corretores especialistas em determinados tipos de imóveis. Quem trabalha com imóveis de terceiros precisa ter uma visão ampla do mercado.

Veja o que fazer
1 - Firme um contrato de prestação de serviços com o corretor, determinando as características do imóvel procurado, a duração da corretagem, os dias e os horários em que o corretor deve entrar em contato e os dias das visitas. O documento deve ser assinado por duas testemunhas.
2 - Exija do corretor a apresentação do registro no conselho regional da categoria. Para exercer a corretagem, é preciso o diploma de técnico em transações imobiliárias.
3- O bom corretor tem de informar o consumidor sobre a parte negativa de um imóvel, como o agendamento de obras na rua pela prefeitura. A omissão infringe o artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor e pode gerar reclamação.
4 - O corretor deve apresentar certidões negativas de débito, como comprovantes de que não há contas pendentes do imóvel e nem correm ações contra o proprietário que possam resultar em penhora.
5 - Se o corretor não tem o imóvel solicitado, deve entrar em contato com outros corretores ou dizer que não tem o produto desejado.
6 - O bom corretor não agenda mais de quatro visitas a imóveis em um único dia. Só abre exceção se o consumidor insistir que tem fôlego.
7 - O corretor deve orientar seu cliente a não comprar imóveis em determinadas épocas, como no início do ano, quando há um aumento da procura por estudantes.
8 - Evite informar seus números de telefone e endereços de correio eletrônico para o corretor. Combine que é você quem vai entrar em contato com ele.
9 - Não assine nenhum documento sob ameaça de perder o imóvel. A devolução do sinal em caso de desistência é obrigatória.
10 - Não faça uma contra-proposta para comprar o imóvel se você não estiver realmente interessado. Se houver uma cláusula no contrato de contra-proposta que defina multa em caso de desistência, será preciso pagá-la.
Fonte: Jornal "O Popular" - GO por Lúcia Monteiro

terça-feira, 16 de junho de 2009

Anefac: Consumidor deve esperar para financiar imóvel no segundo semestre

SÃO PAULO - De acordo com o vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel de Oliveira, os juros do financiamento imobiliário devem cair ainda mais e, por isso, a dica para quem pretende comprar um imóvel é esperar mais alguns meses."
As condições de crédito no segundo semestre vão estar melhores. Daqui a dois ou três meses, haverá uma quantidade maior de bancos oferecendo condições melhores, o que possibilita uma competição maior e beneficia os consumidores. Taxas menores, prazos maiores, menor burocracia no sentido de que deve haver uma liberação maior (de recursos)", afirmou à Agência Brasil.
A crise
Sobre a crise que chegou ao Brasil em setembro do ano passado, Oliveira afirmou que, naquela época, os bancos subiram as taxas de juros, encurtaram os prazos de financiamento e passaram a ser mais seletivos, como medidas de proteção quanto ao esperado aumento da inadimplência. Já os bancos públicos, pressionados pelo governo, começaram a emprestar mais.
Com isso, os bancos privados ficaram receosos de perder espaço para os públicos e voltaram a emprestar, gerando uma maior competitividade nesse setor. "Tenho a convicção de que o pior da crise já passou, o que se reflete nas atitudes dos próprios bancos. Se os bancos acreditassem que a situação estaria complicada, não fariam o que estão fazendo agora", disse o vice-presidente, em referência à queda de juros promovida por diversas instituições.
De acordo com Oliveira, alguns bancos aumentaram as taxas de juros durante o momento mais crítico da crise e agora estão voltando ao patamar pré-crise. Mas também houve o caso daqueles que não subiram as taxas e que, com a perspectiva melhor da economia, estão reduzindo.
Selic
Em relação às sequentes quedas da Selic, promovidas pelo Banco Central, Oliveira disse que traz um enorme efeito no custo do financiamento imobiliário, que tem um prazo maior.
Mesmo assim, ele indica que sempre é melhor ao interessado juntar dinheiro para comprar à vista ou para financiar uma parcela menor do valor do imóvel. "Assim, o consumidor economiza com juros. Mas, para aquele consumidor que não é muito regrado, a melhor indicação é o sistema de consórcio, porque vai ter a obrigatoriedade de pagar todo o mês".
Para quem quer aderir a um financiamento, ele indica que pesquisa muito, já que as reduções de taxas de juros realizadas nem sempre se encaixam para todas as modalidades. "O consumidor deve procurar o seu banco e os demais para saber quais são a taxa de juros e os demais encargos. Ele só vai saber onde é mais barato se fizer uma comparação de custos".
Fonte: web.infomoney.com.br - por Flávia Furlan Nunes12/06/09

domingo, 14 de junho de 2009

Construção - Construtoras estão mais otimistas

SÃO PAULO, 12 de junho de 2009 - A 39ª Sondagem Nacional da Indústria da Construção Civil apontou um aumento de 10% no otimismo das empresas em maio com relação à pesquisa anterior de fevereiro. O estudo, realizado pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e FGV Projetos com o apoio da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), entrevistou 241 empresários da construção em todo o Brasil.

A sondagem atribui essa melhora a um conjunto de fatores, principalmente a série de medidas governamentais favoráveis ao setor, como o "Minha Casa, Minha Vida" e a redução do IPI de alguns materiais de construção. No estado de São Paulo, o pessimismo chegou a abaixar 12% em comparação à sondagem anterior. No entanto, mesmo com esse aumento, o indicador de desempenho atual das empresas da construção ainda está abaixo de 50, considerado desfavorável.

A melhora mais expressiva em todos os tópicos da sondagem foi registrada no item perspectivas de desempenho, que evoluiu 28%. As dificuldades econômicas, entretanto, diminuíram 4% em relação à ultima sondagem, mostrando mais uma vez a expectativa dos empresários na aceleração da atividade econômica nos próximos meses (PINIweb).
Fonte: gazetamercantil.com.br

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O vendedor que se planeja é mais produtivo

A vida do vendedor profissional é bastante agitada. Sofre constantes pressões de todos os lados. De um lado, estão os clientes exigindo um atendimento competente, rápido e eficiente na hora de comprar. Do outro, as empresas/patrões cobrando mais vendas, além de terem que executar outras tarefas, viagens, deslocamentos, esperando para serem atendidos nas salas dos compradores etc.
Com isso, as 24 h do dia ficam bastante curtas, não sobrando tempo para mais nada. O trabalho de pós-venda e o investimento em conhecimento, por exemplo, ficam prejudicados. Mas será que se o dia passasse a ter 30 h mudaria muita coisa? Com certeza, não, pois o problema não está no tempo em si, mas na execução de tarefas sem planejamento, sem estabelecimento de prioridades.
Por que o tempo é escasso para alguns profissionais e suficiente para outros? Por que algumas pessoas fazem mais em menos tempo, enquanto outras, por mais tempo que tenham, não conseguem fazer muita coisa?
O que ocorre é que muitas pessoas confundem o senso de urgência com importância. Assim sendo, deixam de fazer o que é importante para executarem o que é urgente, mas, geralmente, sem importância.
Quando se fala em administração do tempo, duas coisas são bastante distintas: o urgente e o importante. O urgente nem sempre é importante assim como o importante geralmente não é urgente. Mas o que acontece é que em vez de se dizer “isto é importante”, “isto é prioridade”, diz-se logo “isto é urgente”, “isto é para ontem”.
A urgência se refere a prazo, requer ação imediata para a execução de algo. Já a importância está relacionada a valor, é o que traz resultados. Saber fazer a distinção entre as duas coisas, é onde está a diferença entre os profissionais de vendas produtivos dos improdutivos.
Para melhor aproveitamento do tempo, o vendedor deve fazer uso da Matriz de Gerenciamento do Tempo ou Matriz da Importância x Urgência, analisando as atividades dos quatro quadrantes, distinguindo o importante do urgente, para adequar-se ao quadrante da eficiência e proatividade.
QUADRANTE 1 - ATIVIDADES IMPORTANTES E URGENTES: É o quadrante das necessidades, da pura crise, da pressão. Os problemas acontecem e têm de ser resolvidos, para que a situação não se agrave mais ainda. Neste quadrante estão os vendedores gerenciadores de crise, os apagadores de incêndio. São os que negligenciam nas metas de vendas e querem atingi-las na última semana do mês, usando de todos os artifícios para vender. As conseqüências são o estresse, ansiedade, fadiga e aborrecimentos.
QUADRANTE 2 - ATIVIDADES IMPORTANTES, MAS NÃO URGENTES: É o quadrante da qualidade, do planejamento. É onde se obtém resultados positivos, pois as atividades importantes geralmente não são urgentes e podem ser planejadas. Agora, quando negligenciadas, viram crises e vão se enquadrar no quadrante 1. O planejamento de vendas é de suma importância, mas não urgente. Mas se não houver um bom acompanhamento na execução passa a ser importante e urgente.
QUADRANTE 3 - ATIVIDADES URGENTES, MAS NÃO IMPORTANTES: Aqui estão as atividades triviais, consideradas urgentes, mas sem valor ou importância. É o quadrante da urgência pura. Muitos profissionais de vendas perdem tempo reagindo a atividades urgentes, como se fossem importantes, quando deveriam agir proativamente sobre o que realmente tem importância. São as ligações de celulares nas reuniões ou diante dos clientes, assim como as mensagens de e-mails sem futuro.
QUADRANTE 4 - ATIVIDADES NEM URGENTES E NEM IMPORTANTES: É o quadrante do desperdício. São atividades agradáveis, mas que não levam a nada, desperdiçando-se boa parte do tempo. É o bate-papo prolongado no cafezinho, falar mal do chefe, da empresa, da concorrência, do mercado em crise, discussão sobre futebol, comentários sobre a cervejada da noite anterior etc.
Na realidade não se administra o tempo, pois ele é igual para todas as pessoas. O que o vendedor deve fazer é gerenciar suas atividades no tempo de que dispõe para executá-las. Para isso, é fundamental estabelecer prioridades na realização das tarefas. Pois prioridade é o que tem importância, tem valor. É sempre bom ter em mente o princípio de Pareto, que diz o seguinte: 80% dos nossos resultados são oriundos de 20% dos nossos esforços.
Fonte: www.artigonal.com - Artigo de Antonio de Pádua Brauna Braga

domingo, 24 de maio de 2009

Vai comprar casa própria? Veja dicas para fazer o melhor negócio possível

SÃO PAULO - Muita gente está pensando em aproveitar as facilidades oferecidas pelos tradicionais feirões realizados pela CEF (Caixa Econômica Federal) para a compra da tão sonhada casa própria.De acordo com o presidente do Ibedec (Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo), José Geraldo Tardin, entretanto, são muitos os problemas que podem ser encontrados neste tipo de compra, como financiamentos negados, imóveis danificados, cobrança de contas em atraso, imóveis ocupados, entre outros.
Cuidados
Para evitar que o sonho da casa própria se transforme em pesadelo, conheça alguns cuidados importantes a serem tomados na hora de adquirir um imóvel.

Imóvel Ocupado: O pior pesadelo que pode existir para alguém que adquire um imóvel por meio de feirão, é comprar uma casa ainda ocupada. Por isso, é muito importante procurar informações no edital ou nos prospectos de venda antes de efetuar a compra e, se estiver ocupado, desistir do mesmo. Isso porque o processo de retirada judicial é bem demorado, podendo, até, não acontecer.Se mesmo assim ainda houver determinação para fazer o negócio, visite a residência e tente conversar com o morador sobre a situação dele e sua disposição para desocupar o local amigavelmente. Se perceber predisposição para brigas, pense duas vezes, pois além dos gastos com a compra, ainda terá que pagar as custas judiciais e os honorários de advogados, caso necessite entrar na Justiça.

Visite o imóvel: Faça uma vistoria detalhada do imóvel que lhe foi prometido e colha a assinatura de quem está vendendo, já que isto vale como prova para a reposição de possíveis itens faltantes ou indenização, em dinheiro, do novo proprietário.

Panfletos e anúncios: Na Justiça tudo vale como prova e é de obrigação do fornecedor cumprir o que foi prometido, por isso é de extrema necessidade guardar panfletos e fazer que tudo que for objeto da negociação conste na proposta de compra, inclusive prazos, taxas de juros, metragem do imóvel e outras despesas.
Orçamento
Em um período de crise econômica como este, em que se reduz a garantia de emprego, torna-se mais arriscado assumir um financiamento de longo prazo sem fazer bem as contas, alerta a Pro Teste - Associação de Consumidores. Portanto, para não tomar uma decisão precipitada e comprometer o orçamento familiar, atente para o seguinte:

- Preço: Uma fase essencial para a compra da casa própria é a que envolve pesquisa de preços. Depois de ter ideia do local, ou mesmo do prédio no qual gostaria de morar, procure avaliar outros imóveis à venda no mesmo prédio ou conjunto, com as mesmas características do qual pretende comprar, a fim de saber o valor de mercado. Também vale consultar o preço médio do metro quadrado da região junto a imobiliárias e corretores, assim será possível estabelecer um valor máximo para a compra do imóvel.

- Taxas de Juros: Também vale a pena fazer uma pesquisa de taxas de juros, já que grande parte dos bancos do país fazem financiamentos para habitação. A taxa de juros varia conforme a renda, o valor do imóvel e do financiamento. Uma boa dica é fazer simulações para encontrar o melhor negócio para o seu perfil, as instituições costumam disponibilizar simuladores em suas páginas na internet.
- CET: Nem sempre a menor taxa de juros representa o melhor negócio, é o CET (Custo Efetivo Total) do financiamento, que nada mais é do que um percentual que mostra o valor total da operação, incluindo todas as taxas administrativas e tributos cobrados pelo banco, que vai apontar se o financiamento escolhido será um bom ou mau negócio, portanto, de olho nele.
- Pendências: Procure certificar-se de que a propriedade não possui nenhuma dívida pendente, como condomínio, IPTU, entre outras. Tais débitos são de responsabilidade do antigo dono e devem ser quitados pelo banco ou pelo vendedor do imóvel, caso contrário, o comprador corre o risco do imóvel está sendo usado como garantia da dívida e este sofrer execução. É importante, segundo o Instituto, que tal fato conste em contrato, assim como a possibilidade do consumidor reter os pagamentos ao vendedor enquanto houver pendências.
Mais dicas
Ainda no que diz respeito ao orçamento familiar, as duas entidades chamam a atenção quanto ao comprometimento da renda e os riscos de se tornar inadimplente.

Renda: O ideal, na opinião do Instituto, é comprometer, no máximo, 15% da renda. Não caia na tentação de destinar 30% da renda ao financiamento imobiliário, como orientam algumas instituições, pois o prazo para o pagamento deste tipo de empréstimo costuma ser longo e dificuldades e crises podem ocorrer a qualquer momento e com qualquer pessoa.
Composição de Renda: É comum, hoje em dia, a composição de renda, ou seja, vários membros da família se unem para compor a renda necessária para a aprovação do financiamento. Porém, antes de optar por este dispositivo, pense bem no tamanho do vínculo e da confiança que será necessária entre os envolvidos durante muitos anos. Além disso, as pessoas devem lembrar que ficarão obrigadas ao pagamento da dívida até o final, ou seja, a renda estará comprometida caso haja interesse de financiar outro imóvel no futuro.
Prazos: Procure dar o máximo de entrada que puder, além de financiar pelo menor prazo possível, conforme sua capacidade de pagamento, pois quanto maior o prazo, maior ficarão os juros que serão pagos pelo imóvel.
Inadimplência:Lembre-se: na hipótese de atrasar três parcelas do financiamento, o imóvel pode ser levado a leilão, sendo que o comprador pode perder tudo que pagou e ser surpreendido com uma dívida resultante do saldo devedor do empréstimo, se o valor de venda da casa ou apartamento for inferior ao débito.
Fique de olho
Por fim, para não gastar mais desnecessariamente, fique de olho na intervenção do despachante imobiliário, pois, muitas vezes, as despesas deste profissional estão incluídas nos contratos de vendas. Saiba que ela não é obrigatória. Se você mesmo fizer todos os procedimentos burocráticos - o que pode tomar certo tempo -, pode haver uma economia de R$ 500,00 a R$ 1.000,00.
Além disso, é importante considerar os gastos com escritura e ITBI para registrar a transação em cartório, que podem chegar a 3% do valor de mercado atual do imóvel e devem ser pagas à vista, por isso, é bom ter uma reserva em dinheiro e boa compra.
Fonte: InfoMoney - por Gladys Ferraz Magalhâes - 21/05/2009

sábado, 16 de maio de 2009

Alteração na poupança pode afetar negativamente o crédito imobiliário

SÃO PAULO - De acordo com o economista-chefe do Secovi-SP (Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo), Celso Petrucci, o mercado imobiliário pode sofrer impactos das mudanças anunciadas pelo governo na poupança.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, na quarta-feira (13), que as contas da poupança com saldo acima de R$ 50 mil serão tributadas com o Imposto de Renda a partir de 2010, se a taxa Selic se mantiver em um patamar abaixo de 10,50% ao ano. A medida visa a evitar uma migração de investidores dos fundos para a poupança.
Segundo afirmou Petrucci, o que surge agora é a dúvida sobre se os investidores que serão taxados irão sair da poupança. "Se isso acontecer, o volume de recursos direcionados ao financiamento, à produção e aquisição de imóveis será alterado".
Poupança e crédito
Por lei, os bancos devem destinar 65% do saldo da poupança para o financiamento imobiliário do SFH (Sistema Financeiro de Habitação).
O SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) registrou captação líquida de R$ 13,9 bilhões no ano passado, com investimentos na ordem de R$ 30 bilhões em crédito imobiliário. O economista-chefe acredita que, se o mercado continuar dessa forma, as alterações na poupança não devem prejudicar o mercado imobiliário.
Apesar de poder diminuir o volume de depósitos, a tributação na poupança pode ter um lado positivo: "na busca por alternativas ao SBPE, o mercado secundário poderá se aquecer", nas palavras de Petrucci.
Radicalismo
Na opinião do presidente do Secovi-SP, João Crestana, era imprescindível fazer alterações na poupança, mas de forma a não abalar sua credibilidade.
"Quando ela foi criada, o País registrava altos índices de inflação e hoje a realidade é de queda de juros. Apesar disso, a poupança é um instrumento querido pela população, tradicional, e não pode ter sua credibilidade abalada por medidas radicais", afirmou Crestana.
Fonte: Infomoney - 15/05/2009 - por Flávia Furlan

"Minha Casa" ainda gera dúvidas entre as construtoras

O programa "Minha Casa, Minha Vida", lançado pelo governo federal no fim de março, ainda provoca dúvidas entre as construtoras que esperam encontrar na baixa renda uma oportunidade de aumentar suas receitas.

Ontem ocorreu em São Paulo um encontro entre o vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, o superintendente do banco em São Paulo, Válter Nunes, e representantes de empresas de construção civil. A reunião foi organizada pela Votorantim Cimentos. Mais de 30 construtoras participaram,, entre elas, Gafisa, Afinco, Norcon, Tecnum e BKO.

Segundo Válter Nunes, os representantes das construtoras querem, principalmente, ter uma ideia de qual é a expectativa do banco em relação à oferta de imóveis e à procura. "O programa já anima o setor. Um dos construtores que participaram do encontro contou que no plantão de vendas do fim de semana do Dia das Mães, que costuma ser o mais fraco do ano, houve 800 visitas e 255 contratos fechados em um dos seus empreendimentos.

"Nunes está animado com o programa federal e aposta que a Caixa vai bater o recorde de orçamento para habitação em 2009. No primeiro quadrimestre, a instituição já destinou R$ 10 bilhões para moradia em todo o País, e a dotação para este ano é de R$ 27 bilhões. Para se ter uma ideia da ordem de grandeza, lembra o superintendente paulista, em 2003 a dotação foi de R$ 5 bilhões, metade do que foi desembolsado nos primeiros quatro meses deste ano.

Se a demanda for maior que a oferta, a direção da Caixa tem a opção de recorrer ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ou fazer captações de poupança pela própria tesouraria.

Apesar de alguns empresários da construção reclamarem do alto preço dos terrenos nas capitais, o superintendente da Caixa acredita que não haverá falta de áreas para a execução dos projetos do Minha Casa. "O programa vai deslanchar. As construtoras estão preparando e adequando seus projetos para apresentar à Caixa", garante.

Até agora, segundo Nunes, foram apresentadas à Caixa 50 mil unidades habitacionais que se enquadram no Minha Casa. São 12 mil para a faixa de renda de até três salários mínimos, 21 mil para a faixa de 3 a 6 salários e 18 mil para a faixa até 10 salários. Os projetos ainda estão sob avaliação dos executivos da instituição.
Fonte: Jornal "O Estado de São Paulo" - Paula Pacheco - 12/05/2009

domingo, 10 de maio de 2009

Dificuldades desafiam os prazos do pacote

São Paulo, 30 de Abril de 2009 - O programa Minha Casa, Minha Vida tem metas audaciosas e um prazo muito curto para ser cumprido, se for levado em conta que amanhã começa o quinto mês do ano e o projeto ainda não saiu do papel. O problema é que vários empecilhos devem atrasar ainda mais a entrega das moradias, que estavam previstas para daqui a dois anos.

O primeiro deles é o atraso do anúncio do próprio pacote habitacional. A previsão era de que o programa seria anunciado em janeiro, quando surgiram os primeiros burburinhos sobre a ajuda do governo ao setor da construção civil. Mas o pronunciamento acabou sendo feito apenas no fim de março e o pacote só entrou em vigor dia 13 de abril.

Agora, a greve de funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF), responsáveis pelo acompanhamento de projetos do Minha Casa, Minha Vida, deve dificultar ainda mais o cumprimento da meta. De acordo com Maria Fernanda Ramos Coelho, presidente da Caixa, em entrevista à um programa de rádio, a entidade já recebeu 221 projetos habitacionais de empresas interessadas em construir casas e edifícios destinados à população que recebe até três salários mínimos mensais. Ela disse ainda que a Caixa está analisando cada um deles e que o processo dura de 30 a 45 dias. Com isso, a presidente da entidade espera que as primeiras moradias sejam entregues daqui a oito meses. Mas essa conta não leva em consideração a parada, por tempo indeterminado, dos funcionários.

Outro empecilho é que 600 prefeituras ainda estão se organizando para aderir ao programa do governo federal. Segundo Maria Fernanda, apenas 200 termos de adesão já foram assinados com estados e municípios, que têm mais de 50 mil habitantes. Cidades com menos moradores não podem participar do projeto. Segundo João Crestana, presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), o fator determinante deveria ser a demanda e não a concentração populacional.

"O pacote é o primeiro passo. A sociedade brasileira não pode viver mais com o déficit de oito milhões de moradias", afirma Crestana. Por isso mesmo, ele acredita que o programa não vai se restringir apenas ao governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva. "É uma tarefa de Estado e não de governo." Para Crestana, são necessários cerca de 15 anos para erradicar o problema habitacional no Brasil. "Se você fizer a conta: oito milhões de moradias vezes R$ 50 mil, que é o preço médio de cada uma delas, o volume total movimentado para a construção é de R$ 400 bilhões", afirma. Isso vai ter consequências também para a infraestrutura dos municípios, que deverá ser incrementada. "O mercado de baixa renda se consolidou com o pacote."

É por isso que diversas construtoras apostaram ainda mais no segmento econômico. A Bairro Novo, por exemplo, braço popular da Odebrecht, focou 70% do seu portfólio para a construção de moradias para pessoas com rendimento de até três salários mínimos mensais. Depois do anúncio do pacote habitacional, a empresa também se propôs produzir 50 mil unidades, contanto os projetos mais caros. "A gente já atuava no segmento acima de três salários mínimos. Mas agora estamos em um ritmo frenético de negociação com as prefeituras e com a Caixa", afirma Roberto Senna, diretor superintendente da Bairro Novo. "Daqui a 60 dias tudo já deve estar aprovado", acredita. O Valor Geral de Vendas esperado é de cerca de R$ 3,5 bilhões, levando-se em consideração o preço médio de R$ 70 mil para cada unidade habitacional.

Outra empresa que aposta no segmento econômico é a Brascan. O foco da companhia é a faixa de seis a dez salários mínimos. "Dos R$ 15,5 bilhões em terrenos, podemos dedicar R$ 620 milhões ao segmento de baixa renda. Isso significa cerca de quatro mil unidades", afirma Luiz Rogélio Tolosa, diretor executivo de relações institucionais e com investidores da Brascan. "No momento, a faixa até três salários não está nos nossos planos. Mas esse pacote vai durar por vários anos, e só o anúncio já incrementou a procura por imóveis", revela.

"O pacote foi muito bem-vindo. Vemos o comprometimento do governo, das empresas de construção e da Caixa, e o resultado aparece nas visitas aos estandes de venda", diz Antônio Guedes, diretor de novos negócios da Cyrela Realty. O executivo revela que a companhia já tinha os terrenos que vão ser destinados ao programa. "A previsão é de que a gente faça de 13 mil e 15 mil unidades dentro do programa do governo", conta. Hoje, a Living, braço do segmento econômico da companhia, responde por 30% da Cyrela e a expectativa é de que passe a ser de 40% a 50%, dependendo da aprovação dos projetos. A faixa atendida pela Living será preferencialmente de R$ 80 mil a R$ 130 mil. "A gente tinha expectativa de crescimento da Living antes mesmo do pacote, mas ele acelerou esse processo. E o pacote veio para ficar", conclui.

É nisso que Eduardo Gorayeb, diretor presidente da Rodobens Negócios Imobiliários, também acredita. "Nós participamos da execução do programa. Já tínhamos o foco do segmento econômico, mas estamos nos readequando para nos enquadrar ainda mais nele", afirma. O segmento responde por algo entre 70% e 80% do portfólio da companhia. A primeira etapa, ou seja, este ano, deve envolver a produção de quatro mil unidades habitacionais, que deve gerar algo em torno de R$ 300 milhões em VGV. No total, a expectativa é de que chegue a 12 mil imóveis. "Vamos tentar reduzir o processo de construção para seis meses. Hoje fazemos em 12", conta. "Se o programa der certo, quem vai tirá-lo? Ele vai conseguir combater o déficit", acredita.
Fonte: Gazeta Mercantil/Relatorio - Pág. 1 - Natália Flach