SÃO PAULO - De acordo com o vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel de Oliveira, os juros do financiamento imobiliário devem cair ainda mais e, por isso, a dica para quem pretende comprar um imóvel é esperar mais alguns meses."
As condições de crédito no segundo semestre vão estar melhores. Daqui a dois ou três meses, haverá uma quantidade maior de bancos oferecendo condições melhores, o que possibilita uma competição maior e beneficia os consumidores. Taxas menores, prazos maiores, menor burocracia no sentido de que deve haver uma liberação maior (de recursos)", afirmou à Agência Brasil.
A crise
Sobre a crise que chegou ao Brasil em setembro do ano passado, Oliveira afirmou que, naquela época, os bancos subiram as taxas de juros, encurtaram os prazos de financiamento e passaram a ser mais seletivos, como medidas de proteção quanto ao esperado aumento da inadimplência. Já os bancos públicos, pressionados pelo governo, começaram a emprestar mais.
Com isso, os bancos privados ficaram receosos de perder espaço para os públicos e voltaram a emprestar, gerando uma maior competitividade nesse setor. "Tenho a convicção de que o pior da crise já passou, o que se reflete nas atitudes dos próprios bancos. Se os bancos acreditassem que a situação estaria complicada, não fariam o que estão fazendo agora", disse o vice-presidente, em referência à queda de juros promovida por diversas instituições.
De acordo com Oliveira, alguns bancos aumentaram as taxas de juros durante o momento mais crítico da crise e agora estão voltando ao patamar pré-crise. Mas também houve o caso daqueles que não subiram as taxas e que, com a perspectiva melhor da economia, estão reduzindo.
Selic
Em relação às sequentes quedas da Selic, promovidas pelo Banco Central, Oliveira disse que traz um enorme efeito no custo do financiamento imobiliário, que tem um prazo maior.
Mesmo assim, ele indica que sempre é melhor ao interessado juntar dinheiro para comprar à vista ou para financiar uma parcela menor do valor do imóvel. "Assim, o consumidor economiza com juros. Mas, para aquele consumidor que não é muito regrado, a melhor indicação é o sistema de consórcio, porque vai ter a obrigatoriedade de pagar todo o mês".
Para quem quer aderir a um financiamento, ele indica que pesquisa muito, já que as reduções de taxas de juros realizadas nem sempre se encaixam para todas as modalidades. "O consumidor deve procurar o seu banco e os demais para saber quais são a taxa de juros e os demais encargos. Ele só vai saber onde é mais barato se fizer uma comparação de custos".
Fonte: web.infomoney.com.br - por Flávia Furlan Nunes12/06/09
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