terça-feira, 17 de março de 2009

Modelo econômico antiquado ajuda a proteger Brasil da crise

Em reportagem intitulada “Colhendo os frutos da indolência”, a publicação da revista The Economist lembra que há pouco tempo a influência “dominadora” do Estado sobre o setor financeiro vinha “atrasando” a economia brasileira.

“Mas nas novas circunstâncias, essas políticas lamentáveis repentinamente, parecem distante e deram à crise global uma cor diferente no Brasil”, diz o texto.

“Outros países estão tentando descobrir como administrar bancos e crédito direto. Isto é algo que o Brasil fazia mesmo quando já estava fora de moda”, afirma a revista. “Mas é um sinal dos tempos o fato de, recentemente, em uma pesquisa sobre o Brasil, o (banco de investimentos) Goldman Sachs ter citado o envolvimento do Estado nos bancos como algo positivo.”

A Economist lembra, no entanto, que apesar do Brasil ter sido poupado dos piores efeitos da crise global, a economia do país está se enfraquecendo. A revista cita o aumento de demissões na economia formal e a queda da produção industrial. “O Brasil deve demorar a sair da crise, assim como demorou para entrar nela”, decreta a reportagem.

Mas o texto ressalta que, se comparada com o que outras nações estão vivendo hoje, a economia brasileira atual ainda está em forma.

Para a revista, dois dos principais motivos para o Brasil ter melhorado nesse aspecto foi a dívida do setor público, que foi levada para abaixo da linha de 40% do PIB, e a reserva de US$ 200 bilhões para defender o real.

Fonte: The Economist
Data: 06/03/2009

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